sexta-feira, agosto 22, 2008

SER OU NÃO SER? EIS A QUESTÃO!!



O QUE É SER ADULTO?


A representação do adulto continua a impor-se numa perspectiva de estabilidade – o adulto socialmente inserido e categoria etária de referência para as demais categorias etárias –, contudo, o indivíduo pressionado ou de forma voluntária procura afastar-se dessa impressão de estabilidade. O adulto situa-se actualmente numa sociedade de escolhas, decisões e projectos – projectos profissionais, de carreira, familiares, de orientação, inserção, formação, de reforma, entre outros – contudo, estas decisões, escolhas e projectos realizam-se cada vez mais sem a protecção de um quadro estruturado de identificações, cada vez mais as decisões dependem do indivíduo e da sua capacidade de se auscultar a si próprio.

Existem duas lógicas que resumem as diversas perspectivas sobre o que é “ser adulto”. Uma considera o adulto um sujeito equilibrado, estável, mesmo rotineiro e instalado e outra reconhece o adulto ou como sujeito que se perspectiva em desenvolvimento numa atitude de experimentação, de progressão, de formulação de desejos e concretização de projectos ou como adulto problema que tem de lidar com o imprevisto, o risco, a exclusão e a inexistência de quadros de referência.

Estas duas lógicas que se opõem e conferem ao adulto uma definição paradoxal também se podem unir produzindo um efeito desmultiplicador numa espécie de desestabilização e, simultaneamente, de potencialização da vida adulta, estando o desafio na capacidade do adulto ser reflexivo, de fazer balanços e “agarrar” as oportunidades quando elas surgem ou desistir de projectos condenados ao insucesso (Boutinet 2000, Giddens, 2000,Costa e Silva:2003).

http://www.seradulto.com/index2.htm

Um comentário:

DENISE RIBEIRO MARTINS disse...

Oi, Thaty, lendo a tua descrição sobre o que é ser adulto, percebemos que é um pouco complicado ser adulto, e me pergunto será que é por essa razão( e influência dos tempos atuais) que percebemos que os jovens de hoje entram na vida adulta mais tarde e não aos 18 anos como Erikson relata?